Existem pelo menos três fatores que concorrem para o risco
Há pelo menos três meses que se ouve de lideranças de Caçador e da região, rumores de que algumas atitudes do deputado federal Valdir Cobalchini (MDB não tem “caído bem” em suas bases por aqui.
E isto na visão dos analistas de plantão, pode causar estragos na campanha da reeleição do deputado pela região. Não que isto possa significar, por ora, risco de não se reeleger, por que também de outros apoiadores em outras regiões, que podem compensar uma eventual perda.
Com relação aos três fatores, vamos a eles:
– Em grande parte dos municípios do Alto Vale do Rio do Peixe, o eleitorado do MDB olha de esguelha para o apoio que o partido deve dar a reeleição do governador Jorginho Mello (PL). Estes prometem votar em João Rodrigues (PSD) se realmente concorrer, salvo, os ocupantes de cargos no governo, que par-e-passo foram entrando no governo pelas mãos de emedebistas;
– Existem críticas contundentes nos grupos de centro e de direita, quanto há algumas votações do deputado em Brasília. As posições do deputado, depois de críticas nas redes sociais, têm sido mais à direita. No entanto, alguns emedebistas dizem que o partido “fica torto” quando tenta guinadas nesta direção, tem em vista que foi durante sua história, mais de esquerda ou centro-esquerda;
Por último e não menos importante está a candidatura de João Cobalchini (MDB), filho deputado, à Assembleia Legislativa. Outros deputados estaduais como Fernando Krelling, Mauro de Nadal e outros com interesses eleitorais no Meio-Oeste, que poderão mudar de posição em relação a dobradinhas com Cobalchini em suas regiões. Isto sem falar que se João entrar para valer na região, poderá prejudicar eventuais articulações para que Cobalchini dobre com Saulo, em Caçador e região.
Colocadas estas posições, é importante citar os comentários que se ouvem em Caçador, de que se Cobalchini trouxer seu filho para a região, aliás este já esteve em evento do partido aqui em Caçador e inclusive discursou, o grupo político de Saulo e Alencar poderá buscar outros candidatos à Câmara Federal.
Não sei se estas premissas que podem fazer com que Cobalchini diminua a votação em Caçador e região, cheguem a lhe preocupar. E o motivo é simples: poderá ganhar na Grande Florianópolis (região de João Cobalchini) votos que compensariam as eventuais perdas por aqui.
Em 2022, Cobalchini (MDB) fez 20745 votos, ou seja, 56,38%, enquanto Saulo Sperotto (PSDB) fez 22261 votos, conquistando 59,85% dos votos válidos.
A pergunta que não quer calar é: Cobalchini chega perto de 20 mil votos, sem a carona de Saulo?
Senhoras e senhores, façam suas apostas!

