Vereadores cobram medidas para inibir ataques de animais de ruas

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Edis apresentaram propostas para enfrentar o problema que, segundo eles, é antigo e recorrente

Os constantes ataques de cães de rua em Caçador voltaram ao centro do debate na Câmara Municipal nesta semana. Durante a sessão ordinária desta semana, os vereadores cobraram providências do Poder Executivo e apresentaram propostas para enfrentar o problema que, segundo eles, é antigo e recorrente.

O caso mais recente, que gerou debate entre os parlamentares, envolveu uma moradora do Bairro dos Municípios. Ela foi atacada por cães e sofreu fraturas no braço, além de escoriações pelo corpo.

O vereador Alcedir Ferlin (MDB) projetou um vídeo da vítima e lamentou a situação. Segundo ele, a Prefeitura conta com estrutura para acolhimento de animais abandonados, mas não cumpre seu papel na fiscalização e execução de políticas públicas. “O problema é antigo. Já se estruturou uma diretoria para proteção animal com apoio desta Casa, mas as ações não saem do papel. Crianças estão expostas ao risco em escolas e creches”, criticou.

Já o vereador Rubiano Schmitz (PP) propôs a criação de uma “patrulha canina”, com profissionais capacitados e veículos adequados. Ele também sugeriu a ampliação da equipe técnica, incluindo mais veterinários e assistentes administrativos. “Se não houver ação concreta, esses ataques continuarão. Precisamos de uma Indicação conjunta, com todos os vereadores unidos por essa causa”, defendeu. Rubiano também ressaltou que, se o Executivo não atender à proposta, a Câmara deverá cobrar com mais veemência.

André Luiz Alves (MDB) também se pronunciou, manifestando solidariedade à vítima e destacando a urgência de ações públicas. Ele parabenizou os alunos de Medicina Veterinária da UNIARP por uma ação realizada no Bairro Martello e disse que a mobilização estudantil é exemplo de que, com vontade política, é possível agir. André propôs um programa municipal baseado em três pilares: castração em massa, chipagem obrigatória dos animais e campanhas de conscientização. Ele afirmou que a falta de estrutura no Centro de Bem-Estar Animal prejudica o atendimento à causa e transfere os impactos diretamente à população.

O presidente da Câmara, Almir Dias, destacou que, na legislatura anterior, os vereadores destinaram emendas para ações como castração e chipagem, mas reconheceu que os avanços foram insuficientes. “O problema persiste e as reclamações aumentam. Já estamos estudando projetos de outras cidades e vamos propor soluções efetivas”, afirmou.

O vereador Neri Vezaro também abordou o tema, apoiando as manifestações dos colegas e reforçando a necessidade de união entre Legislativo, Executivo e entidades de proteção animal.

Ao final do debate, foi consenso entre os vereadores a urgência de ações integradas e eficazes para enfrentar o abandono de animais e garantir a segurança da população. Uma Indicação conjunta ao Executivo deverá ser formalizada nos próximos dias, cobrando a implementação de medidas estruturadas para controle populacional de cães, atendimento veterinário e responsabilização de tutores por abandono.

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