A representante das monitoras utilizou a Tribuna da Câmara, onde a prefeita não ouviu a cidadã, virou as costas e deixou o plenário com seus comissionados; prefeitura não fez a fiscalização do contrato com a Paulista e agora o prejuízo está com as famílias dos trabalhadores
A prefeita de Rio das Antas, Gilvane de Moraes, foi à Câmara Municipal na sessão ordinária desta terça-feira, 14, fez um discurso de aproximadamente 40 minutos e se retirou do plenário junto com seus assessores e detentores de cargos comissionados, não permanecendo na Casa de Leis para responder os questionamentos dos vereadores e de outras pessoas inscritas.

A representante das monitoras, Josiane Aparecida dos Santos, utilizou a Tribuna da Câmara, para falar sobre a situação das 45 famílias dos trabalhadores da Paulistana, mas a prefeita não ouviu a cidadã, virou as costas e deixou o plenário com seus comissionados.
Por outro lado, a prefeitura não fez a devida fiscalização do contrato com a Paulistana e agora a “joga” o assunto para a justiça, e o prejuízo está com as 45 famílias dos trabalhadores, que não consegue pagar suas contas e suprir necessidades básicas como alimentação, água, luz e outros essenciais.
A prefeita foi convidada pela Câmara Municipal para comparecer e fazer uma espécie de prestação de contas de sua gestão, bem como para falar do planejamento de suas obras e ações e esclarecer algumas situações levantadas pela população do município.
A manifestação da prefeita, recheada de números inflados e esclarecimentos pouco convincentes, principalmente em respeito à não fiscalização adequada de um contrato com a empresa Paulistana, terceirizada para fornecer serviços de monitores de transporte escolar, merendeiras e outros profissionais, frustrou a expetativa dos presentes no plenário, bem como da população que assistia a sessão pelas redes sociais.
Ao ser solicitado que aguardasse algumas manifestações para fazer mais esclarecimentos, não suportando críticas quanto à gestão do contrato com a empresa Paulistana, falou com seus secretários, assessores e ocupantes de cargos comissionados e se retirou do recinto, levando consigo seus subordinados.
A sessão teve continuidade e em seguida, também o vice-prefeito Sadi Zili, se retirou do local. O descontentamento com a atitude da prefeita gerou protestos e manifestações nas redes sociais.
As críticas de vereadores e de pessoas que ocuparam a Tribuna da Câmara Municipal, emborra contundentes, foram feitas em alto nível, sem ofensas, e ficaram no vazio, esperando por respostas e esclarecimentos.
“Lamento profundamente, porque esperava uma atitude altiva, de uma legítima representante do povo, eleita, para que houvesse um diálogo que fosse enriquecedor e apontasse caminhos para as dificuldades da administração municipal, que entendo serem muitas. Mas, ela – notadamente – não gosta de ouvir; gosta de falar e não ficar para ouvir os questionamentos. É uma pena que tenhamos perdido a oportunidade de travar um diálogo em prol do desenvolvimento de Rio das Antas e do atendimento das demandas da população, sendo que muitas delas foram promessas de campanha”, destacou a presidente da Câmara Municipal, Luciana Bodanese.
Luciana também falou sobre a questão envolvendo a empresa Paulistana que não pagou os salários de seus funcionários que atuam em serviços para a Prefeitura de Rio das Antas:
“A prefeita não quis ouvir a Câmara lá em junho, quando foi alertada dos atrasos de pagamento e da não quitação de débitos previdenciários e trabalhistas. Agora está aí onde 45 famílias rioantenses sofrem e a prefeita simplesmente vira as costas e joga o problema para a justiça. Sabe-se lá quando os funcionários irão receber seus salários e demais direitos e a prefeita não está nem aí para o problema. Atitude pequena, mesquinha e de falta de compromisso com a população”, finalizou.

