24 de outubro de 2025

Policial acusado de atropelar e matar homem na faixa de pedestre enfrentará júri 

faixa

PM, que já foi instrutor de autoescola, será julgado na comarca de Tangará  

A Justiça decidiu submeter a julgamento pelo Tribunal do Júri um homem acusado de causar a morte de um pedestre em janeiro deste ano, no centro de Tangará, no meio-oeste. A sentença de pronúncia foi proferida pela comarca local nesta semana e considerou haver indícios suficientes de autoria e materialidade para que o caso seja apreciado pelo Conselho de Sentença.

Segundo a denúncia do Ministério Público, o atropelamento ocorreu por volta das 0h40min do dia 27 de janeiro de 2025, na rua Francisco Nardi. A vítima atravessava a via na faixa de pedestres quando foi atingida por um veículo, conduzido pelo acusado, que é policial militar e já atuou como instrutor de autoescola. Com o impacto, o corpo foi projetado a mais de 24 metros. Cerca de quatro horas antes, o réu teria ingerido álcool em um bar.

A acusação sustenta que o réu dirigia sob influência de álcool, em velocidade incompatível com a via urbana, e assumiu o risco de causar morte ao conduzir de forma perigosa. O Ministério Público também aponta que o policial deixou de prestar socorro imediato à vítima, retornando ao local apenas alguns minutos depois, conforme imagens de câmeras de segurança.

Além do homicídio qualificado por meio que gerou perigo comum e recurso que dificultou a defesa da vítima, o réu responderá por omissão de socorro e por dirigir com a capacidade psicomotora alterada, crimes previstos no Código Penal e no Código de Trânsito Brasileiro.

Durante o processo, a defesa alegou que o acusado acreditava estar sob ameaça e que não percebeu a presença da vítima. Também pediu a desclassificação do crime para homicídio culposo, o que foi rejeitado pelo magistrado responsável pelo caso. O réu permanece preso preventivamente e não poderá recorrer da sentença de pronúncia em liberdade. A data do julgamento pelo Tribunal do Júri ainda será definida.

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