

Casal suspeito de maltratar as filhas em Caçador é denunciado pelo MP
O pai está preso preventivamente e também foi denunciado por agredir a companheira, que responde em liberdade. As crianças foram retiradas do convívio familiar e atualmente estão sob os cuidados do serviço de acolhimento institucional. Todo o processo tramita em segredo de Justiça
Um fato ocorrido em Caçador no último dia 20 de agosto ganhou o noticiário rapidamente, chocando o estado. Naquela noite, uma bebê de dois meses de vida deu entrada no hospital com várias lesões no corpo, sangramento, baixo peso e higiene precária e teve que ser transferida para uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). O pai foi preso em flagrante, e uma viatura da polícia se deslocou até a casa dele e da companheira para resgatar a outra filha, de um ano e três meses, que também estava bastante machucada e precisou passar por atendimento médico.
A sequência das investigações revelou que as meninas estariam vivendo em condições precárias de saúde, higiene e cuidados básicos e sofreriam agressões e quedas com frequência. O caso chegou ao Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), e nesta semana a 5ª Promotoria de Justiça da Comarca de Caçador denunciou o pai por maus-tratos contra menores de 14 anos, por lesão corporal contra as filhas e por agredir a companheira com socos no dia anterior aos fatos. Ele segue preso preventivamente.
A mãe também foi denunciada pelo crime de maus-tratos contra menores de 14 anos, pois estaria privando as próprias filhas de cuidados indispensáveis para um desenvolvimento saudável, como a higiene e a segurança. Ela responde em liberdade.
O Poder Judiciário já recebeu a denúncia, que foi assinada pelo Promotor de Justiça substituto Diego Bertoldi. “É revoltante constatar que justamente as pessoas que deveriam proteger as filhas as ignoravam. Elas precisam ser punidas por esses crimes”, diz o membro do MPSC.
As duas crianças já receberam alta médica e foram retiradas do convívio familiar a pedido da 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Caçador, que atua na área da infância e juventude. Atualmente, elas estão sob os cuidados do serviço de acolhimento institucional. Todo o processo tramita em segredo.