A desvalorização das pesquisas eleitorais na região
Mesmo período de coleta de dados e resultados totalmente diferentes…
A questão das pesquisas políticas na campanha eleitoral deste ano de 2024, em Caçador e região, que em alguns municípios virou caso de polícia e foi parar na justiça, é um assunto que frusta a muitos, inclusive a mim.
Senhoras e senhores: pesquisador cuidando e perseguindo pesquisas de outros profissionais, é o fim da picada, como dizem na minha terra. Ora, não tem o que fazer? Não tem essa de pesquisa irregular ou falsa. O que existe são pesquisas registradas e pesquisas não registradas, e, dados adulterados para fins de tentar influenciar o eleitor. O resto é balela.
Acho difícil que coordenações de campanha e candidatos majoritários trabalhem sem números coletados em campo. Tem gente que opta por conhecer números para consumo interno e estratégias de campanha; outros preferem registrar e divulgar.
Mas, tem coisas que não dá para acreditar! Vejam esta: em Rio das Antas, o candidato a prefeito Selmir Bodanese (MDB) contratou pesquisa registrada para divulgar; a adversária Gil Moraes (PL), também.
Não vou me ater a valores pagos, mas sim a outros dados. O período de realização de pesquisa é o mesmo e os resultados completamente diferentes. A pesquisa de Selmir dá 52% para ele e 37 para a adversária; a da adversária dá 51 para Gil e 41 para o adversário. Pode isto Arnaldo?
Qual será que está certa ou que esteja próxima da realidade? No início da noite do domingo, 6, saberemos. Mas, tem um porém. A empresa que fez a pesquisa para a candidata do PL de Rio das Antas, segundo lideranças, foi a mesma que apontou nas eleições de 2020, a vitória do então prefeito Ronaldo Loss (PSDB), que concorria a reeleição. Deus Bodanese e Selmir!
Então!
Penso que se o resultado der parecido com a pesquisa contratada por Selmir, não haverá apenas uma desmoralização da empresa para contratada pela outra candidata, mas também, falta de credibilidade. Penso até que dá para buscar na justiça, uma reparação por danos. A recíproca é verdadeira.
Em Matos Costa e em Caçador, para não falar de outros, onde os adversários conhecem dados concretos das campanhas, houve até tentativa de impedir a realização de pesquisas. Ora, o que dizer?
Claro que o temor é a divulgação de índices desfavoráveis no encerramento da campanha.
O que me faz ficar pensativo não é a compra ou aquisição de serviços de realização de coleta de dados, mas a compra de resultados.
Sem comentários!
As regras tem que ser mais rigorosas para tirar os picaretas do mercado.