25 de novembro de 2025

Uniarp apresenta projeto de pesquisa sobre impactos do macaco-prego em florestas

macaco

O foco são as florestas comerciais de pinus taeda

A Uniarp, por meio do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Sociedade (PPGDS), realiza, no dia 8 de dezembro de 2025, às 18h15, no Auditório da Reitoria, a apresentação do projeto de pesquisa “Impactos florestais e econômicos do macaco-prego nas florestas comerciais de Pinus taeda”. O estudo será conduzido pelo mestrando Guilherme Fortkamp, com supervisão da professora Dra. Eluize Vayne Maziero.

A professora Dra. Rosana Claudio Silva Ogoshi, coordenadora de Pós-Graduação, Pesquisa e Internacionalização da Uniarp, destaca que a pesquisa sobre o impacto do macaco-prego na produção de Pinus é um exemplo do compromisso da Uniarp com uma pesquisa científica de caráter aplicado, voltada às demandas concretas da comunidade regional. “Trata-se de um problema recorrente na região de Caçador, que afeta diretamente produtores, a economia de base florestal e a sustentabilidade do setor. Ao investigar os ataques promovidos pela espécie e buscar alternativas de controle responsáveis e eficientes, estamos contribuindo para soluções que apoiam o desenvolvimento regional, preservam a atividade produtiva e fortalecem a interação entre ciência e comunidade”, salienta.

O macaco-prego (Sapajus nigritus), popularmente chamado de macaco-preto, tem se tornado um desafio para produtores de Pinus e outras espécies comerciais. Ao descascar troncos para se alimentar da seiva, esses primatas provocam danos severos à madeira, comprometendo sua qualidade e reduzindo o valor comercial. Pesquisas da Embrapa Florestas indicam que os ataques podem reduzir o incremento volumétrico em até 44,9% quando ocorrem em árvores jovens (5,5 anos), com perdas gradativas ao longo do tempo. Aos 10 anos, as perdas ainda chegam a 8,2% em árvores aneladas, enquanto danos do tipo janelamento causam perdas menores, mas ainda significativas (até 7% aos 5,5 anos) [Fonte: Embrapa Florestas].

Além do impacto financeiro, os danos provocam mortalidade precoce das árvores, aumentam a vulnerabilidade a pragas e doenças e reduzem a produtividade das áreas reflorestadas. Estudos publicados na Biofix Scientific Journal (UFPR) mostram que os prejuízos podem comprometer a rentabilidade dos regimes de manejo, tornando alguns cenários inviáveis economicamente.

A apresentação do projeto será uma oportunidade para discutir estratégias de manejo sustentável, alternativas de mitigação e a importância da pesquisa científica para equilibrar a conservação da fauna com a viabilidade econômica do setor florestal.

Link de inscrição: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSeIN2Z-USuHtVYdNHwxsYDliU5Soifj7g2MkYq3gvzza6zrww/viewform?pli=1

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