10 de outubro de 2025

Polícia encerra caso de queda de balão que matou 8 sem apontar culpados

vítimas

Delegado aponta que incêndio em Praia Grande foi causado por chama externa cuja origem não pôde ser identificada

A Polícia Civil de Santa Catarina concluiu o inquérito sobre a queda do balão em Praia Grande, no Extremo Sul catarinense, e não indiciou ninguém pelo acidente que deixou oito mortos e 13 feridos em junho de 2025. Ao todo, 21 pessoas estavam a bordo da aeronave.

No relatório final da Polícia Civil, o piloto Elvis de Bem Crescêncio não foi responsabilizado por falta de provas. Segundo o delegado-geral Ulisses Gabriel, o incêndio foi provocado por uma chama externa, cuja origem não pôde ser determinada.

A defesa do piloto não se manifestou até o momento. O inquérito segue em análise pelo Ministério Público sob segredo de Justiça.

Sobreviventes e familiares das vítimas estão criando uma associação para manter o caso em evidência e cobrar responsabilização.

Fraiburgo

Andrei Gabriel de Melo, 34, era oftalmologista e atuava em Fraiburgo/SC, onde a morte gerou comoção na cidade.

Além dos familiares diretos de Andrei, a namorada do médico, residente em Campos Novos/SC constituiu advogado e luta por reparos e responsabilização de culpados. Ela se manifestou e disse que recebeu a informação de que não há culpados com surpresa e indignação.

Relembre queda de balão em SC

O balão decolou na manhã de sábado, 21 de junho, com previsão de um voo de 45 minutos. Cerca de quatro minutos após a decolagem, o fogo começou no cesto. Segundo o piloto, o extintor de incêndio não funcionou.

Quando o balão se aproximou do chão, 13 pessoas conseguiram pular, entre elas o piloto Elvis. Com a estrutura mais leve, o balão voltou a subir. Quatro das oito vítimas pularam de aproximadamente 45 metros de altura. As outras quatro morreram carbonizadas após a queda da estrutura em chamas.

Mudanças na ANAC após queda de balão

Após a queda do balão, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) estabeleceu mudanças que serão implementadas em etapas, com objetivo de garantir mais segurança nas operações comerciais de balonismo.

– Regulamentação comercial: definição de critérios de segurança e um processo de certificação para empresas, pilotos e aeronaves envolvidas em voos comerciais.

– Distinção entre atividades: separação entre o balonismo para fins desportivos e a operação comercial de passeios turísticos.

– Inauguração de escola regulamentada: uma escola de pilotos de balão foi inaugurada em Praia Grande, a primeira da região Sul com autorização da ANAC, para formar pilotos para voos comerciais.

Com informações: NDMais

By AgoraSC

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