Federação destacou setores mais afetados, especialmente os de madeira e móveis, que pagarão a taxa de 50% e perderão o mercado norte-americano se as tarifas não forem revertidas, com graves consequências sociais em SC
Em encontro virtual realizado na manhã desta quinta-feira, 7, a Federação das Indústrias de SC (Fiesc) e o Consulado-Geral dos Estados Unidos em Porto Alegre, responsável pelas relações bilaterais com Santa Catarina, discutiram os impactos mútuos das tarifas aplicadas pelo governo norte-americano.
A Fiesc apresentou ao cônsul-geral, Jason Green, os principais produtos exportados pelo estado, com os potenciais reflexos tanto para os exportadores, que podem perder negócios, quanto ao mercado norte-americano, que pode enfrentar alta de preços nas importações.
No encontro, a entidade também apresentou o resultado da pesquisa realizada com indústrias exportadoras catarinenses sobre os efeitos da elevação das tarifas.
O presidente eleito da Fiesc, Gilberto Seleme, que é empresário do setor madeireiro, destacou as particularidades da cadeia florestal, lembrando que indústrias catarinenses se especializaram para atender as especificidades do mercado norte-americano e que as tarifas já estão gerando a transferência de empregos do Brasil para a Ásia. “As taxas nos tiram da competição”, resumiu.
As informações serão repassadas à Embaixada norte-americana em Brasília e às partes interessadas em Washington.
Em outra frente, a Fiesc segue discutindo com o governo do estado as medidas de apoio aos setores afetados, previstas para serem anunciadas na próxima semana.