O caminho será fusão ou federação com o Podemos e o Solidariedade, disse o presidente Marconi Perillo
Passei uns 15 dias remoendo o assédio de lideranças do PSD para cima do PSDB, fato que aconteceu também em municípios da região de Caçador. Achava, e agora se confirma, que era precipitado e em alguns casos, até mesmo falta de respeito.
Pois bem!
Nesta sexta-feira, 21, O Globo publicou que após meses negociando uma tentativa de fusão com PSD ou MDB, o presidente do PSDB, Marconi Perillo, diz que a sigla desistiu da união com as legendas. Segundo ele, os tucanos decidiram se unir com outros dois partidos menores: Podemos e Solidariedade. O objetivo, de acordo com a direção do partido, é evitar a entrada em um processo de “extinção” e manter o programa da sigla. Caso optasse pelo acordo com as legendas de Gilberto Kassab ou Baleia Rossi, a avaliação é que o PSDB acabaria submisso.
A possibilidade de se unir a PSD e MDB também vinha provocando um racha interno, já que em determinados estados havia divergências com o comando das outras legendas. Em Minas Gerais, Aécio Neves temia perder influencia para Rodrigo Pacheco, por exemplo, já que o senador do PSD e ex-presidente do Senado nao esconde as pretensões de crescimento político, como disputar o governo do estado.
Desde o início das movimentações para a união com o PSD ou MDB, integrantes da base tucana se mostraram incomodados e argumentaram que isso significaria abrir mão de uma tentativa de reabilitação. As negociações com Podemos e Solidariedade, então, passaram a avançar com maior facilidade. O PSDB tem hoje apenas 11 deputados, três senadores e três governadores.
O formato final da união entre as legendas ainda está́ sendo desenhado. O presidente do Solidariedade, Paulinho da Forca, disse que a negociação entre a legenda e o PSDB avança para ser uma federação. Para isso, porém, é necessário que a atual federação PSDB-Cidadania seja desfeita antecipadamente, já que o prazo oficial para o término da união seria apenas em maio de 2026.
O que une os três partidos é o temor de, individualmente, não atingirem índices mínimos de deputados e senadores, perdendo o direito a recursos do fundo partidário.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, surge como um nome do PSDB que pode disputar a eleição presidencial.