MDB deve ganhar novos espaços no governo Jorginho
Em troca, partido comporia com o governador em sua reeleição em 2026
O assunto não é novidade e está quase que diariamente nas redes sociais. Na semana passada o partido se reuniu na Assembleia Legislativa e depois teve uma reunião com o governador na Casa da Agronômica, onde a proposta foi formalizada.
Se aceitar o convite, o MDB – que se reúne nesta terça-feira, 22 -, deverá ter mais a secretaria de Agricultura, além da Infraestrutura, que tem no comando o deputado estadual Jerry Comper, porém com muito pouco tinta na caneta.
As articulações indicam que o MDB vai e a Agricultura deverá ser ocupada por Antídio Lunelli, com base eleitoral no Norte do Estado. No “pacote” cargos de segundo, terceiro e quarto escalões na Capital e outros espalhados pelo Estado.
Veja parte do comentário político de Prisco Paraíso e entenda o jogo de xadrez.
“… Já se cogita inclusive a aprovação de uma PEC, Proposta de Emenda à Constituição, que necessita quórum de três quintos, permitindo a reeleição do atual presidente, o emedebista Mauro de Nadal.
Na mira
E a articulação é essa que se encerra justamente em 2026, com o apoio e a participação do MDB na chapa majoritária. Além disso, Jorginho Mello vai procurar desidratar gradativamente o PSD.
Presença
O primeiro movimento foi trazendo o ex-deputado Paulinho Bornhausen para a Secretaria de Articulação Internacional. O ex-parlamentar tem sérias dificuldades de convivência com o prefeito reeleito de Chapecó, João Rodrigues.
Família
Ao trazê-lo, evidentemente, Jorginho faz com que a família Bornhausen, tendo à frente o ex-senador, ex-governador e ex-ministro Jorge Bornhausen, possam estar também na sua reeleição. Se ainda no PSD ou aproveitando a janela de março de 2026, para buscar abrigo em outra sigla. Mas não fica só aí.
Capital
Há também o prefeito reeleito Topázio Silveira Neto, que em recente reunião com os vereadores de Florianópolis deixou claro que em 2026 estará com Jorginho Mello.
Posição
Portanto, deixando claro que se o PSD buscar o seu próprio caminho, Topázio não vai acompanhar os pessedistas. E a ideia é que fique um pouco mais no PSD para quando eventualmente desembarcar, ele possa trazer vereadores e lideranças da Grande Florianópolis dentro da estratégia de esvaziar o PSD.
Serra
Estratégia essa que vai mais longe. Chega à capital serrana, onde a prefeita que assume a 1º de janeiro, a deputada federal Carmen Zanotto, do Cidadania, também considerando a sua convivência em passado recente com pessedistas como o ex-governador Raimundo Colombo e o atual prefeito Antônio Ceron, poderá também, quem sabe, buscar uma aproximação desse grupo com o próprio Jorginho Mello.
Descontentamento
É sabido que Raimundo Colombo está descontente no contexto do partido, não só com o João Rodrigues, mas também com o Júlio Garcia.
Siglas
Então, a estratégia é mais ou menos por aí. Ah, mas Topázio e outros pessedistas migrariam para o PL? Não necessariamente. Um destino poderia ser o Republicanos, ou, ainda, o PRD, que é resultado da fusão do patriota com o PTB, que também está sob controle de Jorginho Mello.
Enfim, o governador continua na sua balada, fortalecendo seu projeto e isolando aqueles que são seus principais adversários, os pessedistas.”