Segurança

Homem é condenado a 76 anos de prisão por abusar de sobrinhas e maltratar cachorro

A sequência das investigações revelou que o homem abusava sexualmente de três meninas menores de 14 anos

Uma filmagem feita por um morador de Capinzal desencadeou uma ação penal do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) que levou um homem à condenação. O vídeo flagrou ele praticando atos de zoofilia com um cachorro em 25 de fevereiro do ano passado. As imagens foram compartilhadas nas redes sociais e revoltaram a população. Policiais Militares dirigiram-se a casa e efetuaram a prisão em flagrante. Os vizinhos relataram que, além de maltratar animais, o homem abusava sexualmente das três sobrinhas crianças, dando um novo direcionamento ao caso.

As meninas confirmaram a veracidade dos fatos a uma Psicóloga na escuta especializada. Elas descreveram os abusos com detalhes e disseram que não aguentavam mais viver naquela situação, mas que eram ameaçadas até de morte caso contassem o que sofriam.

Porém, meses depois, as vítimas apresentaram novas versões em juízo na tentativa de inocentar o tio, para que ele fosse libertado do presídio. As autoridades constataram facilmente que a mudança nos depoimentos havia sido previamente orientada pelas mães e pela avó, e o processo seguiu o curso normal.

Agora o homem foi condenado a 76 anos de prisão por três crimes de estupro de vulnerável e por abuso e maus-tratos a animal doméstico. A relação parental com as vítimas pesou no cálculo da pena, conforme prevê o Código Penal brasileiro. Ele não poderá recorrer em liberdade.

O Promotor de Justiça Douglas Dellazari diz que a sentença traz uma resposta positiva para a sociedade. “Durante muito tempo, infelizmente, as três crianças foram submetidas a uma situação hostil e aviltante. O acusado, prevalecendo-se das relações domésticas e de hospitalidade nos momentos em que as sobrinhas frequentavam a sua residência, perpetrou os atos de extrema reprovabilidade contra elas. Nada apaga o trauma, mas a condenação em crimes dessa natureza demonstra que o Ministério Público não admite qualquer exploração sexual de vulneráveis e continuará trabalhando para responsabilizar os covardes agressores”.    

Saiba mais

As investigações relevaram que o réu, hoje com 38 anos, morava com a mãe e abusou das sobrinhas por pelo menos três anos, submetendo-as a diversos atos libidinosos para satisfazer a própria lascívia. Os fatos ocorreram durante visitas familiares rotineiras. As três vítimas têm menos de 14 anos e são consideradas vulneráveis. Duas delas encontram-se em situação de acolhimento.

Segundo consta nos autos, o homem também costumava abusar e maltratar os cachorros, praticando atos de zoofilia e deixando-os passar fome. Todos os animais encontrados na casa foram encaminhados para locais seguros.

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