Eleições: a escolha dos vices em Caçador
Somente uma futura coligação já tem definição
A escolha dos pré-candidatos a vice-prefeito (a) ainda vai render discussões até as convenções partidárias, em Caçador e em todas as regiões.
Especificamente sobre Caçador, somente uma futura coligação já tem definição. Trata-se de PSB e PT, que tem o ex-prefeito Imar Rocha (PSB) como futuro cabeça de chapa majoritária e Ilone Moriggi (PT), pré-candidata a vice.
O grupo de Alencar Mendes (PL), assim como MDB, Progressistas e PDT, segue em compasso de espera.
No grupo do prefeito, que vai à reeleição, há uma disputa entre partidos e até mesmo dentro dos próprios partidos.
O PSD, cuja direção estadual colocou um pé atrás com os nomes indicados para compor a Comissão Executiva Provisória, não a homologando (pelo menos, por enquanto), tem diretriz interna de que o partido terá que estar na chapa majoritária nos 20 maiores colégios eleitoral de Santa Catarina e dentro deste grupo, está Caçador.
Se perguntar, ninguém confirma, mas é notório e sabido que o PSD tem dois nomes para levar à mesa de negociações.
O PSDB também tem nomes, aliás, mais do que dois, e quer indicar o vice de Alencar. A Executiva está homologada e também deverá haver diretriz interna nos mesmos moldes do PSD.
Esta disputa pode provocar uma divisão no apoio a Alencar? Poder, pode, mas é improvável.
Sabendo de tudo isto, sei de fonte segura, que os demais partidos da oposição ao prefeito, tem investido em um futuro racha, fazendo propostas e mais propostas.
A decisão do vice, no meu entendimento, quanto mais demorar, mais problemas poderá causar. Alencar Mendes e o mais poderoso cabo eleitoral do grupo, o ex-prefeito Saulo Sperotto (PSDB), vão ter que se esmerar e gastar o repertório de argumentação para resolver a questão sem defecções.
Nesta terça-feira, 30, o presidente da Câmara Municipal, Fically, postou uma foto com o vereador Márcio JF que deverá ser referendado como candidato a prefeito pelo MDB, dizendo que falta pouco para o acerto final. Este acerto, no meu entendimento, é igual as conversas sobre reforma tributária: união, estados e municípios querem, cada um achando que terá seu quinhão aumentado e por isso, não avança.
Com Fically e Márcio JF é a mesma coisa: as conversas evoluem até a hora da definição do cabeça de chapa, ou seja, o grupo do Fically desejará mata-lo se aceitar ser vice e o MDB, um dos três grandes de Caçador, dificilmente aceitará a vice.
E ainda tem o PDT, que conversa com todo mundo e também espera o desenrolar dos fatos, para ver o que faz.
Mas, como ouvi de Júlio Garcia (PSD), quando era presidente da Alesc: em política só não vi boi voando; não é que não voe, é que ainda não vi!