Homem é preso após divulgar fotos íntimas da ex-namorada

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Divulgação ocorreu em grupo de WhatsApp, com centenas de pessoas

Um homem de Nova Veneza foi preso preventivamente no último sábado (14), após criar um grupo no WhatsApp onde divulgou fotos íntimas da ex-namorada. Passando-se pela vítima, o acusado adicionou centenas de pessoas, muitas conhecidas da mulher, e compartilhou imagens e vídeos de nudez.

A Justiça decretou a prisão preventiva para proteger a integridade física e psicológica da vítima, que foi alertada por conhecidos sobre o grupo. A ação do acusado configura crime previsto no artigo 218-C do Código Penal, com pena de um a cinco anos de reclusão.

A pena pode ser ampliada em até dois terços quando praticada por alguém que tenha mantido relação íntima com a vítima ou com intenção de vingança ou humilhação, de acordo com o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).

De acordo com o Ministério Público de Santa Catarina, o acusado também descumpriu medidas protetivas e continuou a persegui-la com ameaças. Ele também teria enviado mensagens e conteúdos de cunho sexual ao atual companheiro da vítima.

Homem que expôs fotos íntimas da ex-namorada é acusado de persegui-la incessantemente

O Promotor de Justiça, Samuel Dal Farra Naspolini, destacou que, apesar das medidas deferidas em favor da vítima desde outubro de 2024, o homem persistiu com seu comportamento agressivo e ameaçador. Segundo o MPSC, ele continuava a perseguir a vítima incessantemente.

“A Lei Maria da Penha protege, além da integridade física, a privacidade e a intimidade da mulher. Neste caso, o representado, não apenas não retrocedeu em suas práticas de perseguição, como as agravou substancialmente”, destacou o MPSC.

O MPSC disse que o homem agravou ainda mais suas práticas, ao utilizar tecnologia para expor fotos íntimas da ex-namorada. A vítima estaria “cada vez mais abalada psicologicamente e sofrendo com sua restrição da capacidade de locomoção e perturbação de suas esferas de liberdade e privacidade”, destacou o Ministério Público, no pedido de prisão.

MPSC enfatizou ainda que a divulgação deliberada das imagens teve como objetivo humilhar e constranger a mulher. A prisão preventiva foi essencial para conter as ações do acusado e garantir a segurança da vítima, destaca a instituição.

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